domingo, 21 de junho de 2009

| O Que Eu Vi | Abril

Mês ralinho de filmes, porém, todos inéditos (a não ser uma reprise de 'Orgulho e Preconceito', mas já falei sobre o filme antes). Nenhum graaaande filme, mas algumas surpresas agradáveis. Fiquei com muita vontade de dançar, tive dor no estômago de agonia, me emocionei e ri bastante. Vários sentimentos resumidos no O Que Eu Vi de Abril. Um tantinho atrasado, mas chegou.

Hairspray - Em busca de um sonho [Hairspray, EUA, 2007]

Eu que nunca fui lá mt fã de musicais tenho me surpreendido cada vez mais por gostar de musicais! E esse não foi diferente e ainda provoca em mim um desejo enorme de procurar uma escola de dança e me tornar estrela na Broadway! kkk... Sério! Vai dizer que depois de ver Nikki Blonsky dançando daquele jeito vc tbém não ficou com vontade de dançar? As músicas super contagiantes por vezes suspendiam os textos, mas geralmente só eram 'simples' músicas em cena. Na história, a gordinha (bondade minha...) Tracy adora assistir aqueles programas de musicais típico dos anos 60 e tem como grande sonho dançar em um deles, principalmente porque lá está Link (confesso que Efron arrebenta na dança!), o cara por quem ela é apaixonada mas que nunca a notou. Tracy é sacaneada na escola, mas não sei deixa levar e vai contra regras, fazendo amizade com os negros que eram os excluídos da sociedade. Mas é com eles que seus passos de dança melhoram e ela acaba chamando a atenção de Link, que a leva para o programa e a gordinha arrebenta na tv, pra alegria de sua então reservada mãe, nada menos que John Travolta (fantástico)! E por aí se segue a história não só da garota que quer mostrar seu valor ou conquistar o garoto dos sonhos, mas da menina que quer quebrar o preconceito (ou parte dele, pelo menos). Sério, um filme que todo mundo que odeia musicais vai gostar, e em especial aquela música do final do filme! Nossa, demais! Mt bom mesmo!!!

Direção: Adam Shankman (Um Amor para Recordar, A Casa Caiu)
Com: Nikki Blonsky, John Travolta, Michelle Pfeiffer, Queen Latifah, Zac Efron, Christopher Walken, James Marsden, Brittany Snow, Amanda Bynes, Elijah Kelley.







P.S. recebeu 3 indicações ao Globo de Ouro: Melhor Filme de Comédia/Musical, Melhor Atriz e Melhor Ator Coadjuvante. P.S. 2 baseado em roteiro de John Waters e em peça teatral de Mark O'Donnell.
--------------------------------------------------------------------------
As Crônicas de Nárnia: Príncipe Caspian [The Chronicles of Narnia: Prince Caspian, 2008]

Outro filme que eu enrolei pra ver, porque é mt grande! O primeiro eu gostei, legalzinha a historinha apesar de infantil demais, mas esse prometia, não só pelo lindo Príncipe Caspian, mas pelos personagens estarem um pouco mais velhos, quem sabe a ação não seria melhor? Até que foi, porém, mais uma vez o filme foi sem sal. Acho que até pior que o primeiro, os personagens são meras pessoas falando seus textos e claro, fazendo caras e bocas, mexendo sombrancelhas. Nem o belo Príncipe Caspian salvou o filme, que apesar dos pesares, dá pra ver até o fim sem dormir (bela fotografia, trilha sonora), mas que faltou alguma coisa. Esqueceram de algo, não sei de quê. Na história, um ano depois de saírem da terra mágica de Nárnia, Peter, Susan (podia ter sido melhor aproveitada), Edmund (esse menino tá ficando bonitinho) e Lucy (talvez a única que tem mais esforço em atuar) retornam ao lugar, mas tudo mudou. Se pra eles um ano se foi, lá passaram 1300 anos!! Eles encontram ruínas, narnianos mais selvagens e uma raça de humanos, os telmarinos, que querem a terra só pra eles. O Príncipe Caspian (Ben Barnes provando... que tem um rostou bonito. só) tem de fugir do castelo porque seu ganancioso tio pretende roubar o trono, e pra se proteger, o rapaz vai ficar do lado dos narnianos, centauros e mais quem quiser se unir pra destruir os maus. Caspian tem rixas com Peter e seu enorme ego, que toma cada decisão que credo, sai da reta! Ainda rola uma paquera lá, mas o lance mesmo é guerrear e se no primeiro filme eles pouparam as crianças, nesse até que foram mais além e até Lucy pôde usar seu punhal. O Leão Aslan tbém reapareceu e show de bola, mt realista. Enfim, um filme que se vc não tiver visto o primeiro, não vai entender bolhufas e vale assistir até o fim, porque toca uma música linda no final. E não, não tocou "This is home" do Switchfoot. Porque é trilha sonora oficial mas nunca tocam no filme?! Dá uma raiva.

Direção: Andrew Adamson
Com: Ben Barnes, Georgie Henley, Skandar Keynes, William Moseley, Anna Popplewell, Sergio Castellitto, Liam Neeson.
P.S. baseado em livros de C.S. Lewis
--------------------------------------------------------------------------
Antes de Partir [The Bucket List, EUA, 2007]

Dois homens diferentes, já na meia idade e que se conhecem enquanto estão em tratamento de um câncer e descobrem juntos o péssimo diagnóstico: morte. Depressivo? Chato? Choradeira? Que nada! Me surpreende que Jack Nicholson não tenha conseguido pelo menos uma indicação a algum prêmio por esse personagem, porque é de uma sensibilidade que nossa, torna aquela triste situação médica dos dois em algo que dá pra se assistir. Morgan Freeman está bem ao lado de Nicholson no tal hospital e enquanto ele é pobre, o outro é cheio de grana e se acha dono de tudo até ver que não pode se curar de um câncer. Ao verem que passar o resto de seus dias em tratamento só trará mais sofrimento a eles e a família, Jack N. sugere que eles cumpram todos os desejos da lista de Morgan F, tipo 'aquelas coisas que queria fazer antes de morrer' (the bucket list vem de 'a lista das botas', não fala que alguém que morre 'bateu as botas'? então). Aí os dois embarcam pra fazer coisas inimagináveis pra situação deles, desde pular de pára-quedas até rodar o mundo só pra jantar em Paris, ou algo assim. No meio de tudo isso eles falam sobre seus feitos, arrependimentos, suas famílias - ou a falta delas, e muitas outras coisas. Não é um filme triste e nem quer ser, só quer passar a mensagem de que nunca é tarde né, pra vc fazer o que deseja. Se dois caras à beira da morte podem, porque alguém cheio de saúde não poderia? Bem bonito, vale muuuito ver.

Direção: Rob Reiner (Conta Comigo, Harry e Sally: Feitos um Para o Outro)
Com: Jack Nicholson, Morgan Freeman, Sean Hayes, Beverly Todd, Alfonso Freeman.
P.S.
Alfonso Freeman, filho de Morgan Freeman, interpreta seu filho no filme.
--------------------------------------------------------------------------
Cloverfield - Monstro [EUA, 2008]
Não é mesmo à toa que falaram que quando fosse assistir esse filme poderia dar enjoo ou tontura, sei lá! É uma confusão de imagens que se vc não concentra seu olhar, pronto, vc realmente fica tontinha! rsrs Mas foi isso que fez o filme ficar legal. Eu não gosto de filmes de monstro, mas como esse o foco era na correria e não no bicho em si, tive mais paciência pra ver. Uns amigos faziam festa de despedida pra um cara que ia pro Japão no dia seguinte e justo naquela noite um monstrengo, que ninguém sabe exatamente o que era, invade Nova York matando gente, espalhando pânico no pessoal. Como eles tavam gravando a festa, resolveram continuar a gravação e seguiram com a câmera de mão por todo o filme (que é bem curtinho, menos de 1h30). É um desespero total e vc vai junto né, porque dá toda uma realidade na cena a câmera de mão e tal. A gente segue a agonia de um grupo específico que claro, vai diminuindo a cada take até que... bem, a fita da câmera teve de acabar alguma hora. Apesar do embololô todo, é um filme bem legal, rápido e claro, dá um medo de ver quem será a próxima vítima mas não no estilo 'eu sei o que vcs fizeram no verão passado', 'pânico' e essa tosquices. Vale ver, mas pra quem tem estômago e cabeça boa. Quem tem labirintite, pede pro colega que viu te contar...

Direção: Matt Reeves
Com:
Lizzy Caplan, Jessica Lucas, T.J. Miller, Michael Stahl-David, Mike Vogel, Odette Yustman.
--------------------------------------------------------------------------
Hancock [EUA, 2008]
Sem enrolações: na história Will Smith é um anti herói que banca super herói às vezes, geralmente de mau humor e bêbado, e causando muita destruição. Seus atos heróicos não são nada para a população, que começa a querer ele longe dalí, mas ele é tão ingorante que nem se importa. Até salvar a vida de um publicitário, que se oferece pra ser assessor, responsável por melhorar sua image perante todos. Meio sem vontade, Hancock aceita até ir (e ficar) na prisão, até quando todos precisarem dele novamente e claro, ele tem de se recuperar de seus problemas emocionais. No meio disso, ele ainda põe o olho na esposa do único 'amigo' dele, que na verdade se revela ser como ele e saber muito mais coisas que ele nem imagina. Sério. Podia ser legal a história do cara cheio de poderes sem jeito pra herói, podia sim. Mas tava tão chata aquela cara exagerada do Will Smith, akele lance de câmera se movimentando até naquelas cenas mais 'dramáticas'. Inclusive, que coisa mais chata nesse filme akeles momentos. E Charlize Theron? Ganhadora de Oscar se prestando a uma personagem tão ridícula?! É querer ser lembrada pela beleza, claro, porque ela tava bem bonita. Só isso. Nem Jason Bateman salvou esse filme de ser um dos mais chatos do Will Smith que lembro ter visto.

Direção: Peter Berg
Com: Will Smith, Charlize Theron, Jason Bateman.
--------------------------------------------------------------------------
Licença para Casar [License to Wed, EUA, 2007]
Esse foi mais um daqueles filmes que após eu ver críticas super negativas, fiquei meio sem vontade de alugar e quando vi, até que foi bem legalzinho. Bobo muitas vezes, mas no geral, deu pra divertir e não desapontou. Kransinski é um fofo que fica noivo da Mandy Moore e lá vão eles marcar a data do casório na igreja do padre (eu acho que é padre), que é Robin Williams. Só que antes do 'sim', eles vão ter de passar por um pequeno curso para os casais organizado pela igreja. Parecia ser simples, o casal super apaixonado e se achando perfeitos, acabou quebrando a cara com as maluquices do padre que: causou discórdia entre eles, entre o noivo e a família da noiva e ainda quis ver os dotes para pais deles colocando dois bebês-robôs que davam até medo! Enfim, tudo o que o padre fez foi mostrar ao jovem casal que não é só de amor que vive um casamento né, é mais coisas e vc acaba enxergando os problemas na relação deles. Só que ele poderia simplesmente ter conversado com o casal, mas não, inventou um monte de tarefas doidas, aonde o pobre noivo foi quem mais sofreu! Com certeza Robin Williams deu todo o tom do filme, e Krasinski tbém (mt fofo, já disse?). É divertido, fofinho e super leve. Não espere uma obra cinematográfica nem grandes atuações, mas só um filme pra ver naquele dia que vc tá com preguiça de sair.

Direção: Ken Kwapis
Com: Mandy Moore, John Krasinski, Robin Williams, Eric Christian Olsen, Christine Taylor.
P.S.
se vc não percebeu, três pessoas do elenco do seriado "The Office" (do qual Krasinski faz parte) fizeram ponta no filme: a Angela, o Kevin e a Kelly.
--------------------------------------------------------------------------
O Clube de Leitura de Jane Austen [The Jane Austen Book Club, EUA, 2007]
Já começo falando que se vc não conhece a obra de Jane Austen, assistir esse filme será meio que 'perda de tempo'. Eu que só li 'Orgulho e Preconceito', e vi 'Razão e Sensibilidade', tentei ao máximo me inteirar no filme, mas confesso que foi difícil. A escapatória é que Austen costumava escrever os mesmos tipos de personagens em histórias que podiam ser sofredoras, mas sempre terminavam felizes. Nesse filme, há um clube de leitura formado meio que ao acaso, que tem uma senhora mt jovial, uma jovem mt séria e casada e que tá de olho num aluno seu, uma recém divorciada, uma que se orgulha de ser solteira mas finge não se interessar por um rapaz mais jovem, que inclusive, integra o grupo mesmo sem nunca ter lido Jane Austen. Ah, e ainda tem a filha lésbica da recém divorciada. Enfim, essa galera toda quer se distrair e se reúnem pra discutir cada uma das obras da autora em questão, sendo que se vc perceber, cada história se assemelha em algum momento com a vida de uma daquelas pessoas ou acabam influenciando em suas escolhas. É tipo assim. O filme poderia ser chato, mas não consegue, ao contrário, passa uma delicadeza e leveza, que parece que vc faz mesmo parte de um clube do livro. Se vc gosta e conhece Jane Austen, é uma boa pedida! Um filme para os fãs.

Direção: Robin Swicord
Com: Kathy Baker, Maria Bello, Marc Blucas, Emily Blunt, Amy Brennemann, Hugh Dancy, Maggie Grace, Jimmy Smits.
P.S.
baseado em livro de Karen Joy Fowler. P.S. os livros de Jane Austen que o grupo analisa no filme são "Mansfield Park", "Emma", "A Abadia de Northanger", "Orgulho e Preconceito", "Razão e Sensibilidade" e "Persuasão".

Nenhum comentário: